domingo, 6 de dezembro de 2009

Cuidado "Mina Biker Amaciando"

Com quase dez anos, este "causo"  de nafitalina devia começar com "Era uma vez",
Ambas com a mesma idéia fixa: dar um pé na garupa e assumir o guidão.
Adquiridas as motos, que sendo da mesma cor, ano e modelo o que lhes rendeu umas confusões e boas risadas.

Como precaução, mandaram fazer 2 camisetinhas com os dizeres: CUIDADO MINA BIKER AMACIANDO, exibiram as camisetas e as motos por toda Vila Olímpia sem falar do velho encontro semanal do Pacaembu.

Um sábado de solzinho após filar um café da manhã, se foram as duas desgovernadas aprender a fazer curva na estradinha de Serra Negra.

Lágrimas na venda das viraguinhos

♥♥♥

Making-off

Na gaveta ainda guardam as ditas camisetas desbotatas e umas lembranças divertidas

Agradecimento ao amigo Reinaldo que fez pesquisa arqueológica em seus arquivos e achou a foto

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Dia dos Vivos

Não vou ao cemitério em visita ao pessoal que bateu as botas.
Não é por falta de quem lembrar no Dia dos Mortos.
Saudades encardidas estão sobrando
Ser defunto no México é  que é bom - festa, comilanças, tequila, música e caveiras coloridas...

Making-off

Aproveito para interargir novamente com o Amigo Severo

http://www.rsevero.com/think/?p=7#comments

Abotoar o paléto de madeira (para o alfaiate)
Virar estrelinha (para pilotos e astronautas)
Comer capim pela raiz (para chefe de cozinha)
Bater as botas (para vaqueiros)
Dobrar o cabo da boa esperança (para marinheiros)
Está no bico do corvo (não sei pra quem)
Ir pro céu , ou hell (para quem merece)
Desencarnar (para açouqueiro?)
Falecer (para educados e finos)
Morreu (para quem não conhecemos)
Se foi (para os viajantes)
Fechou os olhos (para dorminhoco)
Não está mais entre nós (para fugitvos)
Fazer a passagem (para cobrador)
Foi para o outro lado do acostamento (para motociclistas)



domingo, 18 de outubro de 2009

Como comprar um terreno

Uma festança corria solta lá em Minas Gerais

As motos emparelhadas ornavam o gramadão e a fogueira iluminava o terreiro

A Sportster de guidão alto e flames no tanque foi ligada por um ser que mau parava de pé devido, talvez, à umas pinguinhas mineiras.

O dito ser sobe na moto fazendo panca, arranca em uma curva glamurosa, escorrega no orvalho e ... CHÃO.

Puta que pariu Oc, o cara caiu com a sua moto!

Making-Off

Fica aqui mais ou menos prevervada a identidade do "ser que mau parava de pé" mesmo porque ele é advogado.

A moto é a Sportster do Oc que foi emprestada para o dito "ser que mau..."
Ambos - moto e ser - saíram ilesos ou quase do ocorrido.

domingo, 27 de setembro de 2009

Ditos Impopulares I

Para os famintos: Guacamole e rapadura tanto bate até que fura

Para os agricultores : Quem semeia ventos não precisa de financiamento do governo

Para soldado corno : A farda do vizinho é sempre mais verde

Para veterinários: Cão que ladra não é mudo

Para os impacientes: Quem espera sempre fica com raiva

Para as necessitadas: Pau que nasce torto também serve

♥♥♥
Making-off
Na falta de inspiração ficam os " Ditos impopulares I" que já estavam prontos

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Suricato da Ilha

Na Belíssima Ilha prolifera uma fauna peculiar.

Na Praia da Caveira, encontra-se sempre à caça o Suricato da Ilha

As presas bronzeadas com seus biquinis sumários atolados no fiofó, torram na areia

Não é proeza localizar uma presa apetitosa

Mesmo com muitas opções, o ataque precisa ser estratégico.

É do ofício lamentar rapidamente a escapada da morena à milanesa ou comemorar um tiro certeiro na cadeia alimentar

♥♥♥
Making-Off
Por motivos ecológicos fica aqui preservada a identidade do bicho safado.

Mudei de idéia, o Sujeira que se lasque, este é pra ele!!!!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Um cara de família

O casarão de Passa Quatro recebeu a família no feriadão.

Após desbancar umas assombrações abusadas, todos se acomodaram.

Sua bagagem foi em uma sacolinha de mercado o coturno veio na mão para não rasgar mala improvisada.

Na sacolinha contabilizou-se: 2 cuecas e uma camiseta para 4 dias

Cueca-varal- corpo, corpo-varal-cueca, varal- cueca- corpo, varal - cueca- varal, uma distração logística e o cara ficou sem cuecas.

♥♥♥
Making-Off

Michel, agradeço por mais esta história do tio Bill

Oc - Fonte inesgotável de fuleragens.

Diz a lenda que ele acompanhou a família em inúmeras viagens e que em Amsterdam teria deixado de visitar o "shopping"das putas para poupar a família do passeio.

Há quem diga que ele visitou a localidade em outra ocasião, na companhia de um motoclube lendário.

Mais do mesmo :
Arquivo do blog
Postagem de 22/03/2009- Ela é a lenda
Postagem de 16/01/2009 - Ectoplasma tatuado

sábado, 8 de agosto de 2009

Diário de um Fusca


Pagina 14600

Quarentão, fui parar na garagem de uma maluca.
Divido a atenção dela com uma moto exibida
Rebatizado, atendo por Pingado
Para não ralar na parede ao entrar na garagem costumo prender o fôlego.
Em estado de contemplação a maluca fica sentada no banco, sem nem dar partida, feito criança brincando. Ela é doida de internar.

Até que me acerto com ela , o problema mesmo são os outros carros.
Garota, me leva pra tomar um drink de aditivada e me compra uns para-choques novos.
♥♥♥

Making-Off

Depois de alguns anos pilotando só moto, está difícil administrar o Pingado, são muitas rodas e muita lata ....

Em tempo:
Pagina 14600 * Sem contar ano bissexto (como lembrou o amigo Severo)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

SOS Mineiro

Pelas tantas da noite, uma Harley Davidson tentou atropelar um caminhão.

Tentativa fracassada.

Como não virou arroz de gato, o motociclista desgovernado recebeu o primeiro atendimento da polícia rodoviária

- O Sr. faz uso de álcool ?
- Bão, se acabar a cerveja e o whisky , sou inté capaz de fazer viu Seu Guarda.

♥♥♥♥
Dependendo de quem lê, não fica preservada a identidade do protagonista.
Como me coçou a mão, fontes fidedignas afirmam que tal evento se deu na Rodovia Castelo
Branco

Zeca na balada

Numa noitada de Zeca-Urubu:

- Vomitou na bolsa da gatita
- Beijou tribufu
- Brigou com a grade da arvore
- Arrebentou a moto
- Ganhou gesso no braço
- Quebrou a TV do quarto
- Mijou na bota ( por engano, mas mijou)

De quebra ligou para a ex, chorou as pitangas e reatou.

♥♥♥♥
Making-Off

Por motivo de força maior fica preservada a identidade do nosso herói

Tá bom, nem tudo aconteceu na mesma noite, mas que tudo aconteceu, aconteceu.

Se alguém quer acrescentar algo, que fale agora

Profecia

Mais por manha que por necessidade , aos 99 anos, contratará uma enfermeira boazuda.

Terá gasto toda sua fortuna em motos, cervejas, motores V8 e robozinhos, o resto desperdiçou mesmo.

Numa tarde de solzinho, vai achar que dorme, mas bate as botas.

Terminado o funeral, velhas demais para picuinhas uma legião de pin-ups velhinhas e suas tatoos desbotadas vão invadir um boteco para como se diz "beber ao morto"

♥♥♥♥

Making-Off

No paraíso jogará sinuca com os velhos amigos, e fará fama sendo o favorito de umas pin-ups anjas e voluptosas ( se o paraíso é dele, elas são assim)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Senhor Giggio

Galanteador e dono de um armazém de secos & molhados em algum lugar do interior paulista

Desconfia-se que Sr. Giggio veio da Itália no começo da 2º grande guerra.

Ninguém no lugarejo parecia entender que raios ele cantarolava na língua mãe.

Com o maledeto do delegado nos seus calcanhares e sob protesto mudou-se de mala, cuia e armazém

Na capital, fez a vida.

♪♪♪
Making-Off

Meio por acaso, em uma cantina no Bixiga , o filho do Sr. Giggio com saudades do pai perguntou ao carcomido cantor se conhecia a tal canção.
Conheço sim, e fazendo mistério arrematou, essa eu não canto (ou não canto mais?)

Em tempo: O diabo da canção é um Hino fascista.
Aposto que o Sr. Giggio a cantava só porque gostava da melodia.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Tradição etílica

Conforme a tradição inventada na hora, na primeira visita, o convidado deve beber um gole de água ardente.
 Não é qualquer pinga, jaz na garrafa uma cobra em conserva, à moda Drink no Inferno, mas deixando as larvas da tequila respeitosamente no chinelo.
 O Pai do Tenente foi quem preparou a iguaria, e a turma com gosto a herdou. Sem escamas no copinho, entornei um gole da marvada
 ♥♥♥  Making Off Parece que o bicho era uma tal de Urutu (bem azarada) quem entende de cobra que me corrija. Entre os que provaram e não provaram sobreviveram todos. A bebida implicou em algumas crises conjugais, e teve gente que ficou sem beijar na boca só por conta de um golinho à toa. Em tempo: Um brinde à hospitalidade Molamba.

sábado, 13 de junho de 2009

Go Ladies go!

Nas motos esportivas com as bundas para cima e apertadas nos macacões de corrida, os
rapazes emparelharam ao grupo que lhes pareceu insólito.

Meia dúzia de "Ladies" pilotando Harley-Davison's, ocupavam uma faixa da estrada.

Salto alto, e cabelos que teimam em escapar.

Puro glamour encardido, as motos barulhentas desfilavam orgulhosas e sem pedir licença.

Perplexos, os cavalheiros fizeram reverência e se foram nas suas enceradeiras do Jaspion

♥♥♥
Making-Off : não tem e que se lasque...

Encardidas que escapuliram do 1º Ladies of Harley - Brasil

Vivi ☻ Arrasou na "zebra louca " é isso aí, HD com estampa de zebra
Mara ☻ Faixas racer, só pra começar, babem marmanjos
Adri ☻ Poderosa, guidão alto, acima do bem e do mal
Dudu ☻ Imponente puxou o trem
Ana ☻Só categoria, Harley com pintura fosca
Lu ☻ HD mais suja que Jeep de trilheiro

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Poços de CaldOs

De longe só se via caldinho voando, o cardápio oferecia opções.

Fifi poderosa e cobiçada no auge de um xilique agudo jogou nele tudo que estava ao alcance da mão.

Foi caldo verde com salsinha, caldinho de feijão, o que sobrou de um quentão gelado, vinho quente morno e de brinde um pãozinho desavisado e uma lata de cerveja vazia.

Apartou-se a briga antes que comida acabasse

♥♥♥
Making-Off
Após breve apuração dos fatos, há quem diga que foi ciumeira ou ziquizira, paixão ou caldinho
sobrando e ainda que um diabinho iniciante frutricou.
O romance sofreu apenas ferimentos leves, cambaleou mas não desandou.
Marmanjos e encardidos de plantão, não foi dessa vez.

sábado, 30 de maio de 2009

Em Minas é assim

No fim da tarde apagaram a luz do mundo - em Minas é assim.

Uma chuva atrevida encharcava tudo.

A estradinha de asfalto, meio barrenta deslizava sob as rodas.

Viseira aberta , cara molhada, e frio de derrubar passarinho de ávore.

O fogão à lenha ganhou nova função, secou botas, luvas e rabugentice

Abraço dos amigos, caldinho de feijão, pinga da boa pra esquentar - em Minas é assim.

♥♥♥
Making-Off
Foi percurso mais sem glamur dos últimos tempos.
Kit Desgraça semi completo : Frio, chuva e estrada melequenta, viseira riscada e bronca no posto de gasolina.
A recompensa foi à altura, festa sem miséria, e na volta um solzinho companheiro insistia em refletir nos cromados imundos.

FVMC- 2009

sábado, 4 de abril de 2009

Professor

Presença garantida nos encontros de moto mais encardidos, carismático e querido por seus iguais e diferentes, profissão professor, que lhe valeu também o apelido, e motociclista apaixonado.

Compartilhávamos a garoa fina e uma neblina daquelas de cortar com faca.

O paralelepípedo traiçoeiro trepidava com as motos que deixavam a cidade.

No boteco a turma fez o desjejum sem glamour, mas com patifaria garantida.

O Professor sacou um exemplar, fininho, capa em preto e branco.

- Para você, surpreendeu-me, pedi dedicatória.

O presente revelou contos incríveis, ótima companhia.

♥♥♥
Making-Off
Hei de retribuir o presente - ainda que de forma digital.
O recomendado livro chama-se Histórias Mínimas
Obrigada Professor, sabedoria é dizer muito com poucas palavras.

Em tempo
O conto Penha 342N comoveu-me, embora não fosse esta a intenção
Ainda não sei de qual história gosto mais.

Eu acho que eu vi um velhinho

Chegou na estação para pegar o trem.

Passou rapidamente a vista pela plataforma e escolheu onde sentar.

No banco cinza, habitado por um velhinho, de cara descansada, chapéu e roupas claras.

Estranhamente ele não puxou conversa - Todo velhinho gosta de conversar.

O maquinista buzinou anunciando o desnecessário.

Levantou-se apressada, ao olhar para trás, e para todos os lados, não viu mais o calado senhor.

Crê piamente ele é um velhinho fantasma e fujão que gosta de passear de trem.

♥♥♥
Making -Off

Dispensou chance de confirmar com outros passageiros a presença do velhinho, assim preservou o encanto do dia.
Em nome do "encanto do dia" vez da estação típica CPTM, por favor imagine algo mais velho oeste.

domingo, 22 de março de 2009

Ela é a Lenda

Foi trocada por um terreno, uma mesa de sinuca em um taco zero km.

De posse dela, o novo dono mudou a pintura clássica e fustigou suas entranhas de Harley Davidson

Ofendida a Shovel recusou-se a sair da garagem, tornou-se impilotável, quebrou e quase pegou fogo, nem promessa de troca de óleo resolveu.

Andar com ela passou rapidamente de desafio à pesadelo

Desfeito o negócio (sem devolver a mesa de sinuca e o taco) a moto retorna à sua garagem de origem onde tem por companhia outras raridades e velharias mais ou menos montadas.

Passada a crise de rebeldia, voltou a ser moto de gala barulhenta e cobiçada.

Seu dono de estimação justificou: A paradinha é assim quando uma coisa tem de ser sua, é sua e pronto.

♥♥♥
Making Off

A Lenda é geniosa, pior que mula empacadeira.
Entre outras peripécias, gastou 10 horas de São Paulo a Caxambu, com direito a paradas ilimitadas para esfriar o óleo enquanto o Oc tomava um cafezinho despreocupado sem dispensar uma visita ao casarão de Passa Quatro

Ela está entre as motos que foram lavadas para o ano novo - Postagem - Ectoplasma Tatuado de 16/01/2009

Não há registro de como se deram as negociações, existem:
- A versão do mecânico
- A versão do incáuto que comprou a moto e devolveu
- A minha versão
- E a verdade

Irma vai a Buenos Aires

Irma tirou férias, do trabalho, da família, dos amigos.

Tirou férias dela mesma...

Enfiou na mala umas roupas de verão e embarcou para a Bahia

Sol & água de coco, a bela tostava despreocupada.

Nessa manhã de segunda feira os Orixás lhe enviaram Hermano.

Pero que si, pero que no....

Em seu álbum de fotos, no espaço reservado para "Férias na Bahia", consta:

Irma ♥ Hermano - Buenos Aires

Muy Legal.

☻☻☻
Making-Off

Irma é uma mistura de mulher-gato com jornalista e alguma outra mutação não catalogada.
A danada é capaz de façanhas que desafiam as leis do espaço/tempo, e deixaria Einstein intrigado:
Como a "matéria" que embarcou para a Bahia e retornou de Buenos Aires?
Em tempo
Diz a lenda que, Irma matriculou-se em um curso de espanhol e está pleiteando uma vaga de correspondente internacional na terra do Hermano.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Anjo da Graxa

Luigi acumula as funções de integrante, mecânico e anjo da guarda de uma família atrapalhada, onde todo mundo fala alto e tem defeito, mas é tutto bonna gente.

Herdou do avô umas ferramentas e o jeito de conserta-tudo, talento esse muito requisitado.

Não é raro consertar a vida de alguma tia desgovernada ou socorrer uns primos distraídos.

A família maluca mantém a agenda de boas ações do Luigi lotada e garante a quem já é anjo, um lugarzinho no céu, com muita , muita mas muita antecedência - e põe antecedência nisso.

♥♥♥
Making-Off

Anjo da Graxa dedicado, aprende a falar italiano, tem paixão por carros antigos e motores V8.
Como se não bastasse ainda arranja tempo para se aventurar no piano e cuidar do cachorro

Em tempo: Aposto que suas ações na bolsa do céu estão em alta, mas para ele o paraíso era o almoço dominical na cozinha da Avó Belinha, e no caso de algum eventual conserto o Sr. Joãozinho estava sempre de plantão.

terça-feira, 10 de março de 2009

Nãna - A caça Saci

Nãna é filha não faz tanto tempo, mas agora já é mãe também.

Ouviu dizer que pode caçar um Saci.

De posse do gorro vermelho, Nãna terá direito a realização de um desejo, que vai dedicar à sua filhota.

Para treinar, quando aparecer um rodamoinho mixuruca no terreiro, Nãna vai capturar o negrinho traquina com uma peneira, conforme reza a lenda.

Como seu amor é muito faz-se necessário caçar um Saci bem grande - quem sabe na temporada norte-americana de tornados.

Quanto maior o gorro mais caprichado pode ser o pedido.

♥♥♥
Manking-Off

Além de caçar Sacis, e estudar para ter uma profissão, Nãna gosta de roupas coloridas e de mudar o cabelo.
Divide com Sophy o quarto e um perfume de bebê
Há quem diga que por precaução, ela providenciou uma peneira gigante para realizar a proeza.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Vizinho, vá tomar no ...

Festa povoada por todo tipo de encardidos, tatuados, motociclistas, músicos, só gente da pior estirpe.

A maior densidade de esquisitos (as) por metro quadrado da belíssima ilha

O Rock & Roll - banda de verdade - infernizou a redondeza com bom motivo: o tradicional aniversário do Ick.

A banda tocou feito roleta russa, até a polícia chegar.

O aniversariante tomou o microfone e dedicou carinhosamente a última música aos vizinhos - um dueto a plenos pulmões:

- Vizinho, vá tomar no cu....

♥♥♥
Making-Off

Ick - Tatuador e ogro de coração gigante que promove generosamente sua festa de aniversário na belíssima ilha desde molequinho.
Recebe os amigos todo ano com um abraço, cerveja gelada e nunca convida os vizinhos.
É Ick, é Ick, é Ick, é Ick, é Ick,é hora é hora é hora ....

Em tempo: Creio que um certo ectoplasma tatuado (o da postagem de 16/01/2009) esteve lá antes da polícia.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Cachimbo e varanda

O cheiro do cachimbo recendia lá do portão.

A casa recheada de guloseimas era uma atração à parte.

Tio Rolando com sua voz de desenho animado, cara redonda e bigodão era dono de uma barriga que arrebentava os botões da camisa.

Descansar na cadeira de balanço era uma lei, estando ele cansado ou não, ali na varanda defumava com a fumaceira do cachimbo umas violetas que ficavam na janela.

Parecia mais uma entidade divertida que um tio-avô.

♥♥♥
Making-Off

Duvido que o fantástico Tio Rolando esteve realmente entre nós.
Mas aposto que se andou por esse mundo, foi irmão da Belinha ( aquela a mais bela entre as Belinhas da postagem de 13/01/2009)

Em tempo:
Reza a lenda que muitos anos depois, uns sortudos ainda sentem o cheiro do cachimbo quando passam pelo portão.

Salve Salete!

Dona Salete dispensou a fofoca, mas o rapaz insistiu:

- Ouvi falar que sua neta e as amiguinhas estão namorando escondido...umas com as outras.

Altiva e já farejando a calúnia do moleque rejeitado, aprumou-se na poltrona com seu desdém de imperatriz e retrucou solene:

- Meu rapaz, deixa as meninas brincarem que uma não faz filho na outra...

Pálido, o fuxiquento saiu estrategicamente pela direita.

♥♥♥
Making-Off

A avó imperatriz, quando brava era de dar medo...
Se Deus é justo Dona Salete é mais !
Quituteira de primeira, com sua risada impagável,
gostava de flores e reverências dignas de sua realeza.

E que a justiça seja feita:
As meninas nunca namoraram umas com as outras,
eventualmente namoravam os namorados de uma ou outra.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Desafio ♥ Desaforo

De noite as palavras ficam atazanando.

Cici dorme melhor depois de escrever escondido umas poesias bonitas e sem frescura num caderninho de capa vermelha.

Poesia é coisa do fundo da alma

Como minha alma não tem fundo, e está no cheque especial faz tempo;

Deixo para a bela os poemas, como missão e desafio.

♥♥♥
Making - Off

Cici escreve poemas que não mostra pra ninguém.
Dentre seus predicativos estão:
Desnortear marmanjos, ouvir rock & roll e gostar de má companhia.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Presente, pra mim?

Cecéu é levado, não desperdiça travessuras, mas ainda não sabe mentir que nem gente grande.

Viu as unhas vermelhonas da madrinha e para o constrangimento geral arrematou:

- Nossa madrinha, que unha horrível!

Exibiu sorriso de covinhas malandras e convidou a recém ofendida para jogar bola.

Adora ganhar presentes, tadinho, mal sabe que o verdadeiro presente é ele...

♥♥♥
Making-Off

Cecéu é meu presente, ganhei-o de uma amiga incauta, que me convidou a ser madrinha do danadinho que habitou sua barriga.
Entre outras peripécias ele gosta de beijar selinho, brincar na água, ouvir conversa de adulto, e usar tatuagens de chiclete.

Em tempo: Madrinha é cargo vitalício.

Cazóio

Tinho era cazóio, ou birolho, como queira

Operou a vista mas tinha alma cazóia.

Enquanto consertava o portão, sua vista enviezada percorria as pernas da morena que passava fazendo pirraça

♥♥♥
Making - Off

Cazoio ou birolho no dialeto local significa: vesgo, olhos tortos, ESTRÁBICO

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Ectoplasma tatuado

Suas motos antigas foram lavadas para o ano novo, quer andem ou não.

As tatoos eram sua roupa de gala e o jeitão de dançar, esquisitamente divertido.

Um homem da lei, não surpreenderia se o intimado o convidasse para uma cerveja.

Mestre em sinuca, às vezes deixava-se vencer só para não me estragar a noitada.

Um amigo sonhou com ele, invejei. Comigo fotos e lembranças

Se viesse puxar o meu pé, seria uma honra.

A saudade é implacável, encardida que não sai nem com gasolina.

Filho da mãe!

♥♥♥
Making-Off

Outro dia alguém brincou: O Oc. nunca vai "descer" em Mesa Branca pra ele tem de ser Mesa Verde.
Sua partida motivou tatuagens em amigos, sobrinhos e no próprio tatuador.

Em tempo: O sobrinho que tem o apelido do tio no peito, lavou a coleção de motos - Ambas homenagens muito apropriadas.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Belinha

Aos olhos de seu bem, a mais bela entre as Belinhas.

Debochada e carismática, gostava de cinema e era fã do Mazzaropi.

Fabricava guloseimas impagáveis e tinha pavio curto

Ouvia tango do Carlos Gardel ou qualquer tango.

Já avó de uns marmanjos atendia o telefone no aniversário.

- a Sra. está boa?

- Boa? Boa mesmo eu já fui ! E estourava em uma gargalhada.

♥♥♥

Making -Off

Belinha vinha de trem da fazenda para a capital sempre acompanhada de uma das irmãs.
Escrevia cartas ao noivo... mas antes de receber a resposta já mandava outra xingando pela demora.
Tinha um jeitão de Pin-up caipira, e amou como se amava antigamente.

Mordam os cotovelos: Tenho as referidas cartas em meu poder.

Meio século de rebeldia

Dona Danva passou dos 50 anos.

Acredita ter 18, usa roupas de quem tem 20,
pensa igual quem tem 16.

Gosta de música alta, salto alto e homem alto. Tudo alto.

Se cigarro com filtro desse em árvore fumaria o dobro, ou perderia a graça?

Tem personalidade de terremoto e dorme maquiada, para o caso bater as botas dormindo, não fazer feio perante o Criador.

Aproveitará o encontro para bradar nos divinos ouvidos umas verdades profanas e um rosário de palavrões.


Que se anjo não tem costas há de ter orelhas.

Nunca vai envelhecer, apenas enloirecer.

♥♥♥

Making-Off

Dona Danva é uma espécie filha intelectual, emocional, continuação ou seja lá o que for da Tia Ilma - aquela com um peito só da postagem de 02/01/2009 "Uma Mulher de Peito"

Em tempo: Danva tem 2 peitos e reclamas deles.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Mulher de Peito

Tirou um peito para escapar do cancer

Voltou com uma almofadinha no Sutiã, almofadinha porque ficava mais no sofá que no sutiã.

Fez fisioterapia lavando roupa, e terapia ocupacional indo ao baile.

Casou com quem não fazia conta de quantos peitos ela tinha.

Despediu-se da vida velhinha, depois de uma boa cerveja e uma bela noitada.

♥♥♥
Making-Off

Desbocada e irreverente, mulher de peito, um peito só, mas de peito.
Tia Ilma gostava de baile, cerveja e falar palavrão.

Auto Mecânica Fanini

Sr. Fanini era mecânico, dono de uma oficina bem cotada na Mooca.

Seu fiel escudeiro e aprendiz era o Elsão (um gigante que ele escapuliu de algum livro de ficção científica)

Os dois tomavam café que nem loucos, e trabalhavam como mais doidos ainda.

Religiosamente, baixava as portas as 18:00 - portas enormes, azuis e barulhentas.

O jantar era concorrido na casa do Sr. Fanini, para divertir os netos, o mecânico penteava os cabelos grisalhos para frente e colocava galhos de arruda atrás das orelhas.

Proclamava-se o Imperador de Roma - Quem
não comer tudo vai ganhar sorvete!

♥♥♥
Making - Off

Além da performance de Imperador, era praxe comer amendoim
e jogar a tigelinha vazia no tapete.
Costumava viajar de carro sempre pelo caminho mais longo e parava para tomar café.


Luiza do Saco

A anciã esmolava pelas ruas do lugarejo, seus pertences cabiam em um saco encardido, o que lhe valeu o apelido. 
O jeito de bruxa de filme e a saia farrapenta de contra o vento metiam medo na molecada.
 Seu abrigo era a rodoviária, antiga estação de trem dos tempos áureos do café,  lá barganhava uma pinga no bar e gastava suas horas observando o eterno ir e vir de passageiros.  
Diz que em um ano novo, dona Luiza remoçou, comprou uma passagem e foi embora para São Tomé das Letras.