segunda-feira, 22 de julho de 2013

Coletânea -Vocábulos encardidos

Mina biker, não fica velha fica clássica, não tem enxaqueca, tem sensores desregulados

Não tem menopausa, tem problemas no radiador

Ano da fabricação: pode não condizer com a kilometragem, nem com o estado de conservação

Estrias, não temos, no máximo somos ornadas com uns pin-stripes naturais

Mina Biker Não tem pneuzinho, se for o caso, temos alforges, ou chup-chup de Jack Daniel's....

Cabelos brancos - também não temos, só uns fiozinhos CROMADOS e tacamos tinta neles - sem dó.

Tatoos: customização da pintura original (ainda não cheguei na parte da funelaria,) 

Kit Anti-rugas: Capacete, bandana e óculos escuros

Casa / comida / Roupa lavada =Trocamos por Casa / café / Lugar para guardar a moto

Rolê Cowboy: Não faço,
 porque Santo Antônio é meu amigo. 

Para as minas bikers avulsas:

Identificação positiva de encrenca: É curva com óleo em dia de garoa.

Marvado: é o cara “curva com óleo em dia de garoa” só que mais tudo de bom.

Elogiando um marvado: Bonito feito motor de Harley Davidson

Noite de fartura: Alguém anotou a placa do Harlão que me atropleou?

Mina Biker não fica apaixonada, lambe asfalto. (um asfaltinho, não a Route 66 inteira)

Mina biker não tem paquera, tem prospect: ganha escudo inteiro conforme o merecimento e empenho na função.

Problemas de relacionamento: Vou mostrar para este cabra com quantos pistões se faz um Harlão. 

Discutir a relação: coroa,corrente, pinhão.

Glamour encardido:é algo como chantilly salpicado de fuligem , ou cupcake engraxado.
Lanchinho: “Patricinha” que o biker rapta na balada alheia e leva pro abate

Marmita: As garupas que me perdoem se puderem.

Chorar a kilometragem derramada = chorar o leite derramado, ara seje, ir de carro e depois ficar com dor de cotovelo. 

Chuva na estrada: se não te mata, te deixa um pano de chão

Mina Biker tem 2 neurônios no topo da hierarquia: o Harley e o Davidson (um acelera e o outro vaza óleo) 


Making-off 

Pocket Edition - Organizados do jeito que eu quis 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Contos do Trem - Adeilson

Alto, muito alto, invoca Deus e seus arcanjos:
Porque Deus (entonação à lá pastor Metralhadora), vê tudo que vocês fazem, e o homem, em toda sua pequenez (é marca de cahorro não?) ignora as coisas de Deus
Os arcanjos,  magnânimos guardiões, com suas seis asas (santa ignorância, Batman,  não sabia que os arcanjos tinhas 3 pares de asas) na presença do Pai, cobrem seus olhos com as asas em reverência ao Senhor, e os homens escarnam o Filho de Deus e riem da Palavra...
Passou Prefeito Saladino, Utinha, São Caetano, Tamanduateí, Ipiranga, a salvação deu-se na Moóca quando a voz das alcovas profundas do Das Trevas bradou:
Adeilson, desce,
Lá se foi o enviado de Deus a degladiar com os seguranças da CPTM

Making-off
A parte dos arcanjos eu até estava achando bonito.
Adeilson, talento desperdiçado pela mídia evangélica,
usa boné, é articulado,cita versículos, capítulos
e outras formalidades bíblicas, e anda de trem.
Valei-me nossa Srª da Graxa