segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

DOMINGO É DIA DE NEUSA


Ow,  põe uma melancia no pescoço... carece não chefe, eu tenho uma sirene... é justo por isso mesmo....  cumprimentei o Cumpadi e chamei, ramu lá bicar um cafézes,   já começou a zuação, servi café pro povo que chegou cedo para fazer a festa funcionar... teve cabra que ralhou , caraio Lu sem açúcar...
E me escapuliu um sonoro:  É que eu faço café para HOMENS.... uhhhhhh e o Sorriso magoou, tadinho... desculpa, sei que não pode falar assim com o amigo.   
O Fernandinho além dos famosos brigadeiros da Thaís e da própria,  trouxe também a CG bolinha Marelinha, pense uma maquininha exibida...  que me fez lembrar  de outra moto.
Quidê o André que jurou de pé junto que a gente ia andar na motinho?
E o pessoal foi se acheganho,  Springers bonitas, motos garfudas,   café racer no stile, a sedutora Azulzinha do Trash HD FlatHead 1947(suspiros), traquitanas customizadas, cebezona tinindo e outros trecos classudos.

Várias meninas pilotas também baixaram lá, a Denise tomou um gorpe de coragem e chegou no evento pilotando sua moto, só faltou a camiseta de advertência com estampa piscante:  Cuidado Mina Biker Amaciando. (a minha usei até gastar).    
Um tantinho depois o amigo André na  cumprissão da promessa materializou na festa com a NSU 1939.. vai bocuda, para continuar o Voodu é pra Jacu invocamos o Bretas o Punk e ganhar na mega sena... pelo menos os caras apareceram.

Puts, deu problema na agulha e na coisalada da enfioleta, mas consegui arrumar...
Larguei-di-mão dos brigadeiros,  e passei a orbitar a motinho no melhor estilo mosca de padaria.
Para evitar atropelamentos, micos e outros bichos... minha vez chegou no fim da tarde...
Moto chaveirinho é facinha de andar teu fiofó .... toda velharia faz charme, birra e tem mãnha. Evitar, evitar, evitaaar o mico não deu não... .
O André baixou a portaria de instruções e explicou tudo bem explicadinho... o jeitão do acelerador, o câmbio longo de quatro marchas a óbvia ausência do acessório freio e outras vechiaias.



Amuntei na motinho e agora vai.... puf puf puf.... ela engazopou fez cara de a culpa é sua e morreu .... 
Como é público e notório não sou craque no quick-start...Pergunta lá para os Lobos o que eu fiz na festa deles.
Ligou e vai de vez,  a traquitaninha é forte, e bem divertida de andar, fiz a curva no fim da rua e vorti, fui de novo... tentei acionar o freio dianteiro e uma travinha do manete foi cirurgicamente ejetada.... mais mico.
O amigo se fez de rogado... aconteceu comigo também.... pedi mil desculpas pela patinha de elefante, encharcou um pouco a vela... deixa ela descansar.
Já estava formada a fila de malacabados, zóio brilhando,   para dar a volta olímpica na motinho, foi só sucesso,  na intensão de poupar o freio da maquininha o pessoal acionou o breque pé2  e nenhum cavalete foi derrubado, mas o Chicó roletou a valeta no fim da rua... e justificou: Quem nunca varou um cruzamento sem capacoco numa moto sem freio né?
André, tem que por um nome nela.
Ihhhh, a Lu já tá com apego...
Tem cara de Dorinha....
Não, tem que ser um nome alemão...
Frida.
Frida muito batido, não orna nela.
Nome russo é mais divertido
Para, ela  já é Neusa - NSU - Neusa
Deixa Neusa Skavurszka
E o André terminou de amarrar a NSU na fordinha azul e se foi antes que controverso plebiscito sobre o nome tivesse um fim.



Making-Off:
10º Evento de Springers e Motos Clássicas de Santo André, foi o último de ano e foi 10! 

Skavurzka em  Russo  seria grafado marromenos assim: скавурзка,  mas há controvérsias, diz que palavra é invenção dos publicitários da NET... diz também que é sobrenome de um dos donos da agência que bolou a propaganda, há ainda experts que explicam a mensagem codificada à moda guerra fria:  o prefixo 'ska', que significa "céu", mais o termo 'vurz' que significa "ir em direção", mais o sufixo de negação 'ka'. Assim, "Skavurzka" seria algo como "você não vai para o céu". Aí sim, orna com a Neusa e a turma que andou com ela.


sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Crônicas do MS - Parte I - O início dos começamentos.

Old Road 
Paramos para uma prévia no bar do Cyro, o Old Road Saloon puta lugar,  com as motocas na sombra da jabuticabeira partimos para  um café no galpão Estação, recheado de móveis antigos e outras velharias sedutoras,  ainda visitamos uma plantação de fusquinhas na oficina de um brother, tudo na Rod. Waldomiro Correa de Camargo km 57,5 em Itu.


Para a posteridade - Old Road 
O amigo Serginho inocentemente ofereceu a casa dele em Boituva como ponto de partida para o MS. Oferta aceita.
A mancha de óleo compareceu em peso e não parava de chegar gente... para poluir a piscina, o quintal, e comer todo o churrasco da face da Terra, a Erica, ama e senhora do leal amigo acomodou a galera em tudo quanto foi canto da casa, a Carla, sua fiel  escudeira também se desdobrou para dar conta da bagunçaiada, mais amigos foram chegando.


Invasão ao Oasis do Serginho 
O Miguel, filho dos anfitriões, que já pilota sua própria motinho queria sair no trem, mas a mamãe não deixa , o papai não quer e a legislação não permite, tadinho.
A amiga Poli que fez uma batatinha-no-moio impossível de parar de comer, dei a dica:
O primeiro passo para parar de comer essa perdição é jogar o palito fora... mas não logrei êxito.
Partiu na manhã seguinte para Bonito um trenzão pancudo, só máquinas do mau na pista, o Finco estreou a Police e o Carranca a Delux Varejeira, o Marcelão foi a bordo da Elvis, meu Claudio foi com a Branca eu com a Bad, o Edy de Dyna, o  Homer, o Serginho, o Cyro e o Will  com suas naves. O Zero2 foi de carro fechando o trem.
Sob um calor vulcânico, com destino a Dourados - MS, sem cair nem morrer, só novecentinhos e pronto.
A minha bike beberrona, programou paradas de 200 km em 200 km, sem combinar com os russos.
Máquinas do mau 
Em  Presidente Prudente a Old deu azia.... porém animada por um espírito de solidariedade, ela ainda rodou até o posto mais próximo... uns testes apavorantes, com a Bad de cobaia (assim meu coração num guenta, fui fazer um xixi amigo e não voltei)  denunciou que bateria jaz no km 500 e alguma coisa da Raposo. RIP Bateria.
Ponte do rio Parana 
O esperamento no posto abrigados do sol do meio dia até que foi providencial, os malacabados  se jogaram  nos bancos e degustaram uma sombrinha.
O Raul de 2 aninhos que viajou de carro com mamys e paps ( Paulinha e Zero2 e o "tio" Sorriso),  curtiu o posto mais que os barbados,  o lugar  mais parecia um Jurassic Park from hell  cheio de bichos gigantes de gosto duvidoso, o pequeno se esbaldou.
Como o povo é tinhoso... os meninos caçaram uma bateria e trocaram, deu certo.
Fronteira do Estado
Vai de uma vez... a partir daí foi rodar, abastecer, rodar, abastecer e tomar o máximo de água que coubesse na carcaça, o obsoleto truque de tacar água na bandana do pescoço para refrigerar o sistema ainda vale, e o cafezinho de beira de pista também ajudou.
Na entrada da ponte do Rio Parana (ô imensidão de água coisa mais linda) paramos para  umas fotAs na placa da divisa ... e depois the last gasolina em território paulista

Ao entardecer, galgamos as estradas Sul-mato-grossenses, maioria pista simples,  eu ainda ia serelepe, as destemidas garupas Karin (da dupla Karin e Finco) e Zuleica (da dupla Zu e Homer) estavam firmonas.... mas que tinha uns marmanjos cansadões isso tinha, já o Raul, o rapazinho mais biker do centro-oeste, ia feliz na sua cadeirinha... e o tio Sorriso a roncar e babar
Zezé e Parana - Nobel em hospitalidade 
Noite a dentro, lá a luz do mundo apaga,  tive um dejavu, vi a placa de Dourados apontar para um lado e meu Capitão puxar para outro... assim chegamos à Sitioca da Zezé e do Paraná (meus cunhados - prêmio Nobel de hospitalidade).
Sitioca - Dourados MS - Área de Lazer do Josias 
Não quero falar não, mas tinha uns marvado que vulcanizaram na pista e acabaram de derreter na Sitioca, pronto falei.
O Carranca colocou um som infernizante (ai meu Deus!), o pessoal se esparramou pela sitioca e confraternizou... até umas horas.
A parte de tentar dormir foi a mais digamos desafiadora, dividimos o quarto com o Cyro, o cabra morre e ressuscita de manhã, jóinha e o amigo Edy que ronca na acelerada e no retrocesso... quando o Edy deu um tempo nos roncamentos, o galo (há um galinheiro no fundo da sitioca) pegou a deixa, e cantou enlouquecidamente já de combinação com os parça da vinzinhança... o Marcelão e o meu Cláudio alegaram que nada ouviram... tá.
De manhã me vinguei vorazmente dos galináceos, comendo ovos caipiras oriundos do galinheiro preparados pelo Cyro, a Zezé trouxe café, pãozinho e chipas,  deu o maior IBOPE.
be continued...
Sobrou para o Edy
Making Off- A Bad deu azia nos 50 primeiros km e ganhou uma colinha no retrovisor... teve mais umas bikes que fizeram uns retoques de última hora em Boituva.


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Janaina e Zefaberry

Já faz mais de ano.
Sem GPS, sem capacete,  mas com muita vontade de torrar a limpinha e cheirosa gasolina gringa, amuntamos nas de quem pagar Janaina e Zefaberry.
O plano era facinho, sair de Rapid City (retirada das motos)  e voltar ao hotel em Spearfish,  rododando o máximo nas 24 horas em que as Heritages estivessem sob nosso poder,  percorrendo as divinas estradas que serpenteiam a Black Hills National Forest, (SD), centro-oeste americano, palco de batalhas, massacres, aventuras e bang-bang de verdade,  terra sagrada para os Oglala Sioux,  e para os motociclistas (yes, estou falando de Sturgis e adjacências).
Sturgis que dispensa apresentações foi parada obrigatória para a clássica foto na placa da cidade. 

Dead Wood, foi o segundo  pit-stop, diz que lá o honrado e imatável  “Wild Bill” Hickok,  perdeu a vida, o Sallon Nuttal & Amp Mann No. 10, onde se deu a crocodilagem continua em funcionamento.
Depois aceleramos até Hill City, onde também tem um centrinho histórico bonito,   maria-fumaça que funciona, museus legais, e com sorte alguma banda bem red neck em ação nos botecos, digo, sallons. 
Seguimos até Custer, nome que se deve ao mais famoso matador de índios do Oeste, o General Custer, líder da 7º Cavalaria, o  cabra  tomou um pau homérico do Chefe Touro Sentado e seus Bravos na batalha de Little Big Horn, Montana,  ocasião em que o militar bateu as botas e já foi tarde, amém!  ... mas não vem ao caso.
A partir de Custer o que era uma despretensiosa "volta no quarteirão"  transmutou-se em um role pelas  pradarias do
Wyoming,  tudo culpa de uma placa que estampava um cruel:
NO PAVIMENT - sem tempo para tradução, entramos na parte off road de uma serra linda, era uma reforma que transformou a pista em um terreno hostil. 
Só volto por ali..., só se o Crazy Horse puxar o trem,  na falta da honorável assombração, mantive  recusa em pegar o retorno e seguimos em frente, muito em frente,(vide o mapa), a estrada era a  Hwy 16, iquenhequesabia...
Eu, feliz da vida, feito uma Sioux desgovernada vagando pelas pradarias,   de vez em quando aparecia uma caixa d'agua com nome de  cidade  quinemquidi filme: Newcastle, Osage, Upton, Moorcroft, em uma dessas a menina do posto explicou certinho como chegar a Sundance, lugarzinho familiar, onde uns dias antes visitamos uma loja HD e almoçamos em um restaurante daqueles que ostentam chifrões na parede do balcão de parzinho com a  Winchester, um texano bigodudo me disse algo que graças a Deus não entendi (?!?!?) e ainda conhecemos uma família de Irlandeses, num sei, só sei que foi assim.  
De Sundance não tem segredo, é só pegar a I-90  para o lado certo que chega no hotel.
A teimosia resultou em um role de 296 milhas (cabalístico né!?) em kms foram cerca de 480... de bom tamanho para uma tarde de improviso.  
Na manhã seguinte, com pouco tempo  para rodar, tentamos a sorte na charmosa Lead,  onde jaz minas das quais se conta que saiu muito, muito ouro, cavucaram tanto que tiveram que mudar umas casas da cidade de lugar, pumordique  ia despencar tudo, lá tem também uma moça que dirige um caminhãozinho e vai a regar floreiras suspensas e  jardins que colorem a cidade,  quero o emprego dela! 
Paramos em um restaurante bonitinho onde tomamos o café da manhã.
No momento de entregar as motos foi a maior dor no coração, tive que desapegar,  expliquei para o moço que elas tem nome, Janaina e Zefaberry.... ele repetiu com sotaque os nomes das motos, riu e me chamou de doida, (essa parte eu entendi)  e as deixamos lá .... que dó. 
Na próxima que os bons ventos nos levem, de moto, ao Memorial Crazy Horse, Monte Rushmore, Devil Tower e Bad Lands.... que de carro não teve o mesmo gostinho.



segunda-feira, 2 de outubro de 2017

TREM DE DOIS

De acordo com os combinamentos, encontramos uma vastidão de motocicletas no posto de beira pista. 
http://www.yoshihitotomobe.com
Para então formar um trem que ajuntejou com outro, que ajuntejou com outro bocadin, que ajuntejou com mais uns gatos pingados  e  fez um formado de gente, motores, escapes, guidões e tanques num sem fim de formas e cores e barulhos. 
Era facinho facinho, só contar as rodas, somar tudo e dividir por dois, ruim de conta que só, larguei-di-mão.  
Conforme a ordenança, eu e o amigo da moto Vermelhuda, lá pro fundão, seguidos apenas pelos caras do Recolhe.
A  tocada ia boa,  até que  um sustinho básico de freada em efeito cascata, com direito a várias cantadas de pneu, e algumas saídas estratégicas pelo lado que deu, aplacaram a minha sede de asfasto ....  
De Evo, sem ABS, e sem muita vontade de colar na HD Police tinindo à frente, na precaução de não  arrombar minha linda e molenta frente Springer, resolvi só curtir o momento deixando um espacito para emergência ou cagadas.
Foi quando se deu a cena, pelo retrovisor vi o aceno se cabeça entre os dois lords do recolhe, que nos ultrapassaram loucamente,  sem pudor ou aviso .... choquei total, arregalei um zoião e mirei o meu parça da Vermelhuda, que por sua vez quase estuprou o acostamento descoisado por causa dos gentlemans... 

Ganhou assim o trenzão múltiplas interpretações


Visão técnica da coisa: Devido à alguma comigerência peripotética, os recolhes oficiais arregram da nobre função, e  herdaram a responsa de fechar o trem mais malvado do centro-oeste,  uma encardida amuntada numa bike que uns cabra nem sabem o que é, e um Suport honrado,  meu parça na Vermelhuda... issaí... 


Visão Iquenhéquesabe da coisa:  O parceiro da moto vermelhuda, teve uma estreia inesquecível, única e inédita, foi barrado no baile, logo de cara no seu primeiro trenzaço... mas nem pestanejou em cumprir sua missão - acompanhar o abacaxizinho que vos escreve - quanto a mim igualmente barrada no baile, achava que já tinha visto de tudo, porém, entendi rapidinho que os tempos mudaram, mas o que eu aprendi na estrada não muda.


Visão Encardida da coisa: Paputaquerariu os Recolhes, pois fizemos um TREM DE DOIS, mais marvado, renegado, excluído, difamado,  pinchado, filmado, fotografado, dronado, aclamado pelo público e reconhecido pela crítica dos últimos tempos ... chupa que é de uva, senta que é de menta e rebola que é de cola,  porque nóis é foda parça!


Making-off  


Nem imagino o que os lords do Recolhe estavam fazendo nos últimos 15 anos, eu estava pilotando HD carburada, pronto falei.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Doida

Transporte público é uma mazela  engastalhante e tediosa.
A tática de sobrevivência básica é entrar no latão e já ir cavucando para chegar no fim do vagão, menos lotado, evita assim alguma subaqueira permanente,  cheiro de dormido ou coisa pior.
O Eterno David 
Licença, licença, licença e logro êxito no objetivo.
Eis que hoje tinha uma psicopata no trem, sentada ocupando espaço de 3 cabras lá no fundão.
Pagou 3 passagens? Não. Ignora a proibição legal de sentar no assoalho do trem? Sei lá.
Parei de pé um pouco à frente da dona do vagão, ela abaixou os óculos escuros em uma franca estratégia de intimidação na luta diária por território, encarei de volta.
lembrei daqueles filmes estúpidos de sessão da tarde "Sr, tenho contato visual com o inimigo, câmbio e desligo..." me contive, mas alguma cara de deboche escapuliu.
Seria alguém que trabalhou comigo em 1935? Nem imagino.
Ataque e defesa,  armas biológicas de precisão cirurgica: espirros, tosses catarrentas, ranho de nariz, são de grande valia nessa hora,  ou o mais ultrajante dos armamentos: os peidos represados da manhã ... pena, todo meu arsenal estava zerado.
Indefesa peguei meu telefone... e não sei o que a folgadona ficou fazendo.
Seria a causa da implicância o meu visual moderno-quarentona-trabalho-de-coturnos-e-que-se-foda? o que faria a jovem Bolsanara?  Teria ela algum estratagema?  Ejacular em mim seria uma tarefa anatomicamente desafiadora...no mais diz que não é crime ... descartado, relaxei.
Cobicei  um acento que vagou, ela  rápida e lépida sentou-se desafiadora...emiti uma vibração de enfia o banco no seu rabo sujo de chão de trem, vaca e  ohummmmm, paz e plenitude invadiram meu ser.
Outro banco vagou... em frente a cu sujo, sentei né,  a inimiga movendo seus óculos escuros, fez novo contato visual... será que a moça não gosta do que eu gosto me paquerou? Duvido.
Retomei o celular e pelo whattsap avisei aos amigos e parentes que tinha uma psicopata no trem e não sei o que ela ficou fazendo, porque aproveitei e curti um solzinho abusado que dourava o vagão e me apetecia.
Na estação final, enrolei, e a tal levantou-se primeiro, derrubou celular, e sei lá quais outros cacarecos ... por precaução, tomei distância e não virei as costas para a minha mais recente adversária.







segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Blackline - Teu butão

Daí apareceu uma voz tanto pretensamente sedutora, quanto dotada de um verniz canastrão, com toda pompa e toda honra anunciou ao coração de uma moçoila desavisada.
Olha o que os caras estão fazendo agora com as Blackline,  e teve a idéia de apontar para a Bad Boy...a moça fez cara de admiração. 
Levantei as duas orelhas feito um pastor alemão... e concentrei minha mente,  o eloquente não se intimidou: 

Estão pegando a frente e colocando as molas para cima, referindo-se a frentona springer HD original... garrei no banquinho de cimento quenemque gato. Deve ser pegadinha...  
A descuidada fez cara de ohhh que demais, você é mesmo o máximo....enquanto saltaram coraçõezinhos de seus olhos, já eu ensaiei uma convulsão...

Ferveu a gasolina nas veias, tive ganas de explicar para o sabichão que Blackline era a sua bunda depilada,  aquela é uma autêntica bike CARBURADA dos anos 90:  Amigo, aqui ó: torneirinha e afogador, essa  frente original de fábrica chama S-PRIN-GER, pomordi que tem M-O-L-A-S. Tá vendo a tampa do filtro, coxa das trevas ... está escrito Bad Boy é à toa???




Óiqui Cara Pálida, veja bem,  roda raiada 21 será que foi isso que te deixou confuso? Ou seria alguma sopa de letrinhas FXS, e a pintura original, onde isso se encaixa no seu conceito abstrato de Blackline?  Santa Ignorância Batman! Alguém me tira me tira, me tira daqui!!! Tira ele, melhor.


Reduzi-me à minha insignificância e não abri a boca.    


Sem lograr êxito, parti para a técnica das 21 respirações.... só havia 2 opções, estragar a foda do espertoman ao fazer algumas correções pontuais no seu discurso empertigado, e assim solapar as ilusões da garupa apaixonada, ou cometer uma ato de caridade,  saindo de fininho para tomar uma água gelada na padaria da esquina

Evitei a fadiga, preferi a padaria. 


Making-Off 

Estou há meses querendo esquecer isso mas não rolou, então resolvi contar e pronto. 


terça-feira, 27 de junho de 2017

Suspense garantido ou sua gasolina de volta.

Sem partida elétrica é suspense garantido ou sua gasolina de volta.
Veste jaqueta, põe luva e capacete, e vai, rec rec rec, acha o ponto e quikca,  os pistões se fazem de rogados, nem sinal de vida.
Rec, rec, rec,  a tinhosa, mestre da falsa esperança, faz descompressão, rec, rec, rec e quicka, quase liga, só que não .... 
Rec, rec, rec, um  peido de óleo queimado pufff... expressa seu desprezo imperial.
David Mann - Eterno e Onipresente 
Rec, rec, rec, avanço no ponto, proposta indecorosa ao pé do cilindro: te  pago um  drink de gasolina com direito a talento no carburador... e rec, rec, rec, a birrenta vacila, mas não se deixa levar.     
Rec, rec, rec, entojo total, a inescrupulosa funciona, espera a comemoração dos súditos, aí, não segura a marcha lenta...  e faz aquela cara de morri sem querer, a culpa é sua....  
Calor, quente, queima, tira capacete, ranca luva e jaqueta e rec rec rec, filha da puta,  a cara de malvadão disfarça bem o contragolpe na canela. 
Já virou  atração,  aposta, torcida contra e a favor, pegar de primeira é chatão, arromba o suspense,  acaba o glamour encardido. 

E rec rec rec, a exibida cospe óleo,  simula afogamento,  resmunga e nada. 

Traquitana com quick é mesmo só para quem tem muito amigo.... quando um se dá por vencido, outro assume o posto, na fila já tem os malacabados, de zóio brilhando a fim de tentar o feito, e rec rec rec e tenta um, fodeu o joelho, tenta dois, tenta três...  faceira, faz que vai, mas fica.

E rec, rec, rec, volta o pai da criança com ânimo renovado, garboso e confiante e rec, rec, rec,  a faísca é prospera e ruge o motor... puta que pariu, pegou! 

É tão irreal quando pega, que até parece  que foi feita para não funcionar, marvada.  

quarta-feira, 3 de maio de 2017

ROLÊ AZEDO

David Mann - sempre providencial. 
Opá, vou também... cadê a chave da Shovelzinha?

Só porque os caras queriam andar de chopper, foi uma trabalheira danada,  daquela de sempre, uma pega outra morre... liga a Garfuda, quicka a  Gengis khan,  esquenta Evo, pinga óleo ...  corre calçar os coturnos, empresta capacete, caça os óculos escuros, fecha a casa,  engana o cachorro e sai.
Depois de abastecer, mais uma tradicional sessão "uma pega outra morre", veio o aviso: Estou sem documentos. voltar buscar que nada...tudo malvado.
Trânsito sem explicação e da-lhe bloqueio da polícia... azedou

Rapaz, e o outro retrovisor?  Sr. trata-se de uma autêntica motocicleta 1952 original, (a Gengis Khan - uma chopper com mais mutação que soja transgênica) é assim mesmo.  Assim mesmo? Um ISSO seguro e reumbante colocou fim na proza. Meio desconfiado, o Guarda Belo coçou a cabeça e mandou seguir.

Bateu o zóio  na Garfuda,  aquela do cabra sem documentos, que cumprimentou a poliça e fez que entendeu que o "pode passar" era para ele , engatou primeira e saiu de fininho.

Na Shovelzinha, (setas em coma, velocímetro desmaiado, mas com o motor tinindo)  me fiz de do lar e recatada ... colou.

O outro homem da lei, olhou  meio de esgueio, fez vista grossa para o capacete jegue,  não entendeu a frente springer, e não sabe que aquele coiso ali  perto do pneu é uma sirene, mandou ir, o único cara mais ou menos pela ordem,  fechando o trem do azedume passou também.

Cada "cigano, oblíquo e dissimulado" passou pelas viaturas do jeito que pode...

A única coisa certa, certa, certa mesmo, era o tercinho finamente enroscado na Garfuda - usado na oração, reza, mandinga e amarração para a polícia não parar a gente.

Já no Rodoanel, gelado páporra,  algo cromado, libertou-se graciosamente de uma das traquitanas, bateu na faixa e foi abduzido.

Seta e freio pra quem tem... todo mundo no acostamento... e procura, que procura a tampa do tanque que esgueirou-se sorrateira mato a dentro...  aproveita para fazer uns retratos fora da lei, fumar um cigarro e prozear, faltou mesmo a garrafa de café.

Encostou a viatura: Algum problema? Procuramos uma peça que soltou da moto... , o policial scaneou  o cara  enfiado em uma calça engraxada no melhor estilo "Dentinho"... fez cara de reprovação, mas os berros da turma mais acima: Aquiii... Achoooou, achooooou... corroboraram a versão do calça-suja. Seu Guarda obrigado, já achamos.. ligou o giroflex e vazou para não zuar
o plantão.

Vazamos também.... puta rolê azedo da hora.

Making-off
Teve ainda uma tocaia  do Sr Rodoviário na saída do pedágio só para dar emoção.



 




terça-feira, 28 de março de 2017

KILLometros II - versão para quem não tem preguiça de ler


Nos idos de 2014, seduzida pela idéia de vagar nas pradarias do  Wyoming feito um siox desgovernado topei encarar os 1000 e poquinhos kilometros até Dourados - MS, depois mais um tantico de estrada até Pontaporã , e depois só atravessar a avenida para adentrar ao território paraguaio na fronteiriça Juan Pedro Caballero.
Bagagem ecomômica , justamente distribuída em 2 kg para cada alforge.
Antes do amanhecer , eu meu cangaceiro, o cangaceiro da minha amiga e mais um amigo
 nos desvencilhamos da cidade  e acessamos a rodovia  Castelo Branco sentido até acabar.
Já na Raposo Tavares, um congestionamento chato de transpor, reformas e estreitamentos na pista combinados a um calor de fritar os miolos completaram o kit desgraça do almoço.
Vencido o contratempo, paramos num posto, onde nos deparamos com a ambulância do resgate.

Bem que eu estava na precisão, mas eu não chamei ...  um rapaz acabava de cair do telhado em obras.
Arre que a bruxa passou a vassoura, valei-me Nossa Srª da Graxa. O moço foi socorrido e nós seguimos viagem .
A ponte do Rio Paraná, uma imensidão de água até onde o sentido alcança- bonito demais.
Abastece, toma café, roda nas pradarias, abastece, toma café , roda nas pradarias ...  por Nova Andradina  o caminho encanta e faz valer a pena a kilometragem.
Apagada a luz do dia e anda-e-para até parar de vez, a 120 km  do destino,  topamos com um acidente daqueles bem retorcidos.
Malestar geral...  depois de uma eternidade o fluxo segue.
Encardida, quebrada, e passada pelo moedor de carne, vista cansada, a estrada um breu da peida, quem mandou querer ser malvada.... chupa que é de uva, senta que é de menta e rebola que é de cola, pronto falei.
Tive um xilique de dondoca, dentro do meu capacete, quando a placa escrito "Dourados " apontava para um lado e meu capitão nos puxou para o outro, mas a partir deste ponto, rapidamente chegamos à sitioca da minha querida cunhada, Zezé, eu te amo!
 Tudo que eu queria era chegar, chegar , chegar ...  foi orgasmico por a moto no descanso e lavar a minha cara suja e cansada.
A recepção foi tudo de bom com churrasco e festa. (tá bom,  não como carne, mas tinha salada).
Vou contar que eu estava com birra da moto, bode mesmo, nunca mais queria por a bunda naquele banco ...coitada da carburada. Bom mesmo era escorar minha carcacinha em algo que não tem meios para se locomover.
Ainda assim,  seguimos, de moto,  da sitioca para a casa na cidade onde uma cama boa nos esperava, a recepção foi digamos ... surpreendente: Umas sirigaitas douradas,  abusadas, ao avistarem MEU cangaceiro começaram a pular na porta do boteco feito umas cabritas - Ow ow owwww  para aqui .
Hein? Rodei mais de 1000 km ouvir essa, me economize perua  .... para aqui teu tobinha ... bando de malacabadas, projeto falido de garupeira, voodu das pradarias... desinfeta piranha, tira o zóio maria garupa, mangalô três vezes...
Na manhã seguinte , passada a birra,(da carburada, não das douradas), engatei primeira e seguimos pela BR-463 sentido Ponta Porã.

Setembro, vai ter os repetimentos.... tem coragem?
Aviso aos marmanjos que o roteiro de 2017 não inclui o boteco das sirigaitas.

Faltou contar os perrengues da volta: lobo na pista de madruada, marvado que arregou e dormiu na varandinha do posto, gente trocando escapes rabo-de-peixe por salompas...


segunda-feira, 27 de março de 2017

COMO SALVAR UM DOMINGO

Diz que Domingo é dia de louvor,  o caso é que se trata de dia meio sem jeito, na antecedência da o/tediosa segunda-feira, ar fúnebre, enterro do fim de semana.

Para salvar esse dia, necessitou dormir menos, tomar mais café, teve os precisamentos de uns cabra descendo de caçamba de picape, feito figurante de filme de gangue mexicana, teve de  virar torneirinha de carburador, pedalar quicks sem miséria, improvisar carga em bateria preguicenta, uma pega outra morre conforme a combinação.
Para salvar, teve de formar o tradicional  "Trem Ostentação", empurrar Chopper birrenta que esperneou e quis carona, providenciar a santa gasolina nossa de cada dia...
Precisou também de sol amigo reluzente nas motocas, de lanche no capricho, de bebida de vikings ou botequentas, chope de Tuk-Tuk, e água gelada.

Para salvar, salvar mesmo o domingo, precisou das velharias barulhentas, motos clássicas  e traquitanas orgulhosas, de mancha de óleo e ferrugem, e mais e mais amigos, encardidagem geral, abraços sem frescuragem, felicidade estampada em couro e cromados, de causos de viagens, de lembrar asfalto passado e combinança do asfalto no por vir.

Precisou também de futuros pilotos, de criançada danada, de tatuagem de chiclete, e fiéis escudeiros caninos, de malvadões e malvadinhas, Cangaceiros e Lobos e tantas outras cores. Teve precisão de uns marvados firme nos organizamentos e na função, e sai pra lá tentação!

Para o salvamento, careceu de live Rock&Roll, da leal banda, que tardou mas não falhou, e de garotas e cabelos e cores, de um pouco de batom e tatoos, precisou da noite chegar de fininho, do batidão da traquitana no caminho de volta,  e não ligar a televisão. 

Making-off
6º Evento de Springers e Motos Clássicas de Santo André, emplacou em mais um domingo salvo.

Agradecimentos a todos que participaram e de quebra ajudaram no salvamento...


quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

110 ou 220 ?


SIM, era a resposta padrão mesmo antes de se terminar a pergunta.
Aquele converse não dava ousadia à perguntas descabidas:
Quando?
Onde é?
Quem Vai?
Qual estrada?
tem lugar para dormir ?
Bagagem sumária, peruzinho ou coquinho casca de ovo, bandana na cara,
Na chuva, afogava na bandana, no sol cozinhava os miolos.
Molhar e secar na estrada, quem via previsão do tempo não se divertia
Na falta de  roupas tecnológicas, o frio era mais congelante e o calor vulcânico,
Sem gueri-gueris técnico-exibitivos-online, nada de postar, ou ostentar,  só viajar
Foto era de máquina mesmo,  depois estreou a digital.
As cilindradas menores,  e  estradas sem fim.
Todo por do sol parecia arte do David Mann.
Caixinha de ferramenta sempre um mais precavido sacava.
HD com injeção não tinha nem por novidade, era só batidão carburado, mancha de óleo e
peça pra todo lado.
Valia também Viraguinho,  tava "muntado"quem fosse de Shadow-Personalizada,  DragStar, Marauder, Traquitanas Chopers com motores variados, Cebolutions, e outros trécos causadores de dor nas costas e vento na cara.

Agora, a gente pergunta se a tomada lá é 110 ou 220. Puta que pariu!

Making-off
110 ou 220?

Tá, naquela vez caí em descrédito no que tange à bagagem sumária...






Rodeo Motorcycle - Sorocaba - demora mas eu escrevo ....

A foto peguei emprestada  do Lord of  Motors se souberem a autoria, avisem-me
Dada a  largada,  embalaram as traquitanas na pista de terra, num de tal  rabiar, endireitar e acelerar foi poeira geral. Teve miliduque rebelde, meninos-lobos intrépidos, cangaceiros e pilotos veteranos fazendo bonito.
Na bateria das honoráveis senhoras,  só panhedão e shovel enrolando o cabo, Old-Lobo faceiro na briga. 
Tombos e pegas na neblina marrom, cospe tijolo,  sacode o talco de terra da bunda, amunta na cadeira elétrica e vai.  
Hot-rod exibido em danadice no terrão vermeio. Frankestein-cabeção atarraxado na garupa da vespa vaquinha do Animal. 
Sombra, água fresca e camaradagem do amigo Vetrano no stand da FlatHead, food trucks, pimentas, doces e traquinagens. 
Diz até que o Mollambo tomou um bico de Jack .... será? 
Volta olímpica, de moço nu, pelado, sem roupa, finalizada com anjinho de neve no poeirão seguido de sumiço misterioso. 
Pista iluminada pelo impagável maiô borat verdão vagalume, entalado no fiofó de outro jovem lord de plantão.
Marmanjo acampado na Van  da Trust Motor com direito a café da manhã,  o Marcinho perdeu de cobrar a estadia dos malacabados. 
Lenda, história para contar e duvidança do povo. 

Making-off 
Eventão, quero de novo!